BREVE HISTÓRIA

A ORIGEM DO XADREZ
A maioria dos historiadores é de opinião que o xadrez nasceu na Índia, no século VI. O jogo chamava-se Chaturanga, originando de “quatro” (chatur) e “membros” (anga).       Esse nome refere-se às quatro unidades do exército hindu: “os elefantes” a “cavalaria”, “os carros” e a “infantaria”, equivalentes, respectivamente, aos bispos, aos cavalos às torres e aos peões do xadrez atual.
A LENDA DO INVENTOR SÁBIO
            Segundo a lenda, o inventor do jogo de xadrez foi um sábio brâmane, que o criou visando dar uma lição de humildade do rei que tirava seu povo.
            O monarca, feliz e satisfeito com a engenhosidade do sábio, prometeu que lhe daria o que pedisse. Este, simplesmente, lhe pediu a quantidade de trigo que resultasse em por grão na primeira casa do tabuleiro de xadrez, dois na segunda, quadro na terceira, oito na quarta e assim sucessivamente.
            O soberano, pensando que isso implicaria uns poucos quilos de trigo, aceitou. Mas, feitos os cálculos, o resultado o surpreendeu: não havia trigo suficiente em toda a Índia para recompensá-lo. Necessitaria da impressionante cifra de 18.446.744.073.709.551.615 grãos.
            Para produzir essa quantidade de trigo, seria necessário semear 77 vezes todos os continentes da Terra.


A EVOLUÇÃO DO JOGO DE XADREZ          
            Da Índia, o xadrez passou para a Pérsia, atual Irã, e daí para o mundo árabe, que o enriqueceu com novas regras.
            Foram os árabes que levaram o xadrez para a Europa através da Espanha, onde foi recopilado o primeiro livro europeu de xadrez, por ordem de Afonso X, “o sábio”.
            O jogador mais afamado, até 1560, foi Ruy López de Segura, criador da mundialmente conhecida Abertura Espanhola.*
            Em 1620 foi editado, na Itália, o Livro que ensina a jogar xadrez, no qual foram unificadas as regras gerais e em que se procederam algumas alterações visando à modernização do antigo regulamento. O roque e o en passant surgiram nessa ocasião.
                No século XVIII são os enxadristas franceses que se destacam especialmente o conhecido como Philidor.**

 LÓPEZ MANZANO, Antonio; SEGURA VILA Joan. Iniciação ao xadrez. 6 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.